Catarina Mina e o Projeto Olê Rendeiras

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Catarina Mina criou o projeto Olê Rendeiras, um olhar sobre o bilro, a renda do Ceará.
A marca de crochê carrega o propósito da moda focada em quem produz, a moda que se sustenta em um futuro de colaboração, valorizando as pessoas que pensam, criam e costuram a trama e história da marca cearense.

Em 2019 a QAIR, produtor independente de energia, chega no litoral oeste do Ceará e, com a vontade de impactar socialmente a região, convida a Catarina Mina para desenvolver um projeto junto às mulheres de Trairi.
A região guarda um dos saberes mais valiosos do artesanato: a renda de bilro. Em torno dela e junto das equipes da marca, mais de 100 rendeiras trabalharam durante os últimos meses para desenvolver uma coleção, uma entrega social da empresa QAIR à região do Ceará.

Dias e dias de trabalho não chegam a gerar o mínimo. Baixos preços de venda, excesso de atravessadores e produtos semelhantes em muitos grupos dificultam a comercialização. A tarefa desafiadora, é o que sugere o método das Oficinas Catarina Mina: aprender e construir junto dos grupos, para fortalecer o artesanato e conferir longevidade às tipologias.

Ao todo são mais de 5000 rendeiras de bilro na região do Trairi. Da semente do bilreiro, uma árvore da região, vem o acabamento das agulhas, feitas de espinhos de cardeiro. Sobre uma almofada, muitas mães e avós criaram suas famílias e ensinaram o fazer às suas crianças, que cresceram já arriscando um ponto ou outro e cedo se tornaram, também, artesãs rendeiras, fortalecendo a tradição.

A repercussão da coleção foi positiva já no lançamento sob medida, apesar de ser uma forma desafiadora, uma mudança de paradigma na forma de consumir. A ação foi um convite ao consumidor para repensar o consumo consciente e, assim, viabilizar o trabalho das rendeiras.

O plano para a continuação do projeto em 2021 é a formação de uma associação e organização das 14 comunidades posicionadas na região. O projeto objetiva formar um grupo produtivo, valorizando a renda de bilro e o trabalho da comunidade.
E ainda, algumas peças foram enviadas para parceiros internacionais na expectativa do projeto ser exportado em ações futuras.

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