O movimento Sou de Algodão

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O Brasil é o 4º maior produtor e 2º maior exportador de algodão. Mais de 75% da produção nacional tem certificação socioambiental. O algodão produzido no Brasil pelos associados à Abrapa segue critérios como a proibição de mão de obra análoga à escrava, infantil ou condição degradante de trabalho, preserva biomas, respeita e conserva os recursos naturais e desenvolve a economia das regiões produtoras.

Foi assim que nasceu o movimento Sou de Algodão, na principal semana de moda do país, a SPFW, mostrando aos estilistas, jornalistas e formadores de opinião, que o algodão está presente na moda e é versátil para seguir com força nas coleções futuras.

Desde o início do movimento, em 2016, os números mostram o quanto a moda nacional valoriza o algodão, “além de termos toda a cadeia verticalizada, da produção de pluma à confecção, 237 marcas, dos mais diversos segmentos, aderiram ao movimento em 2020: do pequeno empreendedor à grande confecção, todas em prol da moda responsável e do consumo consciente”, Júlio Cezar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.

Com a pandemia, a indústria têxtil e as marcas de moda sofreram efeitos imediatos, com uma grande queda nas vendas e sem perspectivas claras de futuro. O movimento desenvolveu campanhas como a #produzidonobrasil. A tag do movimento, fornecida a todas as marcas que queiram comunicar a parceria, trazia a mensagem de valorização da cadeia nacional. Usada em produtos com composição mínima de 70% de algodão, o Sou de Algodão distribuiu mais de 7,5 milhões de tags para muitas das mais de 350 marcas parceiras do movimento.

Hoje, são mais de 430 marcas parceiras. Algumas, associadas à Abest, como a Iorane, a Cecília Prado e a Martha Medeiros. Mas também, entre mais de 30 estilistas reconhecidos, João Pimenta, Reinaldo Lourenço, Isaac Silva, Das Haus (Rober Dognani e Felipe Fanaia), Fabiana Milazzo, Angela Brito e Amapô, além de marcas e confecções dos mais diversos segmentos, como MMartan e Artex, Grupo Kyly, Grupo Lunelli, Track&Field, Melissa (Grendene), Ginger, da atriz Marina Ruy Barbosa, e Lojas Renner. Além de marcas que alcançam o consumidor final, existem importantes e tradicionais fiações, tecelagens e malharias que fornecem as bases para as coleções de todas as marcas brasileiras, como Vicunha, Canatiba, Covolan, Cataguases, Menegotti, Dalila Têxtil, Renauxview, G.Vallone, entre outras.

Uma das principais ações deste ano é o 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, um concurso cultural, voltado a estudantes de graduação nos cursos de moda, design e áreas afins. “Desenhamos toda uma experiência que, além de premiar o estudante vencedor com uma vaga permanente no line up oficial da principal semana de moda autoral brasileira, leva informação e, por que não, formação a esses jovens que são o futuro da moda nacional”, Júlio Cezar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Entre as atividades obrigatórias para os inscritos, além da criação de uma coleção autoral com 6 looks completos, o movimento oferece uma série de vídeos com dicas de especialistas nos diversos temas, como algodão, sustentabilidade, moda, estilismo, produção de desfile, entre outros.

Outra ação prevista é uma ativação em ponto de vendas junto com marcas parceiras do movimento, chegar mais perto e dialogar com o consumidor, explicando o que significa levar para casa uma peça feita com essa fibra natural tão importante para a indústria, para as famílias e para a economia do país.

Também iniciam dois novos pilares: o de negócios, envolvendo marcas parceiras, e também de universidades, com o objetivo de estabelecer parcerias com as instituições de ensino em moda do país.

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