Amanda Medrado apresenta palestra sobre o futuro da moda
O maior festival de inovação e sustentabilidade da América Latina, Winds For Future, aconteceu do dia 22 ao dia 25 de setembro em Cumbuco, no Ceará.
Apoiado pela ApexBrasil, o evento aconteceu de frente para a praia de Cumbuco e apresentou palestras, workshops e startups que desenvolvem trabalhos com temáticas como energias renováveis, mobilidade, desenvolvimentos sustentáveis, futuro da alimentação, cultura oceânica, entre outras.
No painel de tema moda, Amanda Medrado, diretora criativa da AM Brazil, palestrou sobre “A moda do futuro é social”.
Associada da Abest, AM Brazil por Amanda Medrado é um projeto nascido no interior do Ceará: acessórios artesanais feitos 100% à mão por mulheres de pequenas cidades cearenses, usando recursos naturais e sustentáveis como matéria-prima.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/09/capawinds.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-09-26 14:28:592022-09-26 14:28:59WINDS FOR FUTURE – Um apoio ApexBrasil
“Marcas de luxo estão evoluindo, mais de 75% dos 50 principais players globais de luxo agora estão usando materiais ecológicos, enquanto 75% procuram reduzir embalagens, usar mais energia renovável e reduzir as emissões de carbono”, WGSN.
Nos últimos anos, os aspectos ambientais, sociais e de governança (ou “ESG”) dos negócios receberam cada vez mais atenção e as empresas foram pressionadas por medidas legais, regulatórias, de consumidores e funcionários a usar seus valores e cultura para impulsionar uma agenda ESG .
“Embora seja tentador ver essas três ideias separadas e buscar definições claras, a realidade é que os conceitos muitas vezes trabalham juntos, com as questões sociais no centro da agenda. Por exemplo, a saúde e a segurança são uma preocupação de governança, porque uma empresa é obrigada a cumprir certas obrigações? É uma questão ambiental porque um ambiente inseguro provavelmente se traduz diretamente em um histórico ruim de saúde e segurança? Ou é de fato uma questão social porque as empresas têm um papel na sociedade para garantir que funcionários, clientes e a sociedade em geral não sejam prejudicados por suas operações?”,Drapers.
As empresas promovem seu sucesso, mas, ao fazê-lo, devem considerar os interesses, pontos de vista e preocupações de todas as partes – funcionários, fornecedores, clientes, acionistas e a toda a comunidade.
O mundo da moda parece apresentar destaque em uma área de ESG: diversidade e inclusão.
“Por exemplo, a pesquisa FT Diversity Leaders, que avaliou as opiniões de mais de 100.000 funcionários em relação aos esforços de seus empregadores para promover vários aspectos da diversidade, incluindo gênero, abertura a todas as formas de orientação sexual, raça e etnia, deficiência e idade, descobriu que os dois principais empregadores de 850 avaliados foram Hermès e Giorgio Armani. As empresas voltadas para o consumidor superaram as empresas de serviços profissionais e do setor financeiro e, dos 100 principais empregadores, sete eram marcas de moda”, Drapers.
A indústria também se destacou por incentivar certos grupos a prosperarem, mas o sucesso das mulheres e da comunidade LGBT na moda pode disfarçar jornadas mais desafiadoras para grupos étnicos, trabalhadores mais velhos, trabalhadores com deficiência e pessoas de origem socialmente desfavorecida.
Sim, o mundo da moda está medindo, controlando e propondo mudanças; mas os desafios do ativismo dos funcionários, vozes das partes interessadas, cadeias de suprimentos complexas e opinião do consumidor exigem vigilância contínua e autorreflexão cada vez mais profunda. O pensamento criativo sobre como o setor pode continuar avançando será uma força motriz essencial para uma mudança social positiva.
Coletivix e Nordetesse, o Brasil desenvolve projetos baseados em ODS e consumo consciente
O Coletivx promove a filosofia da conscientização e responsabilidade social, ambiental e econômica na curadoria das marcas, pelo estudo das 17 ODS e o framework de produção e consumo conscientes. A Plataforma tem como carro chefe as marcas Laura Cangussu, PIU.BRAND, SÄL, Tropicalina. Leia mais…
Nordestesse é um “hub criativo que registra, amplia e fomenta a produção, as discussões e o talento de marcas e serviços de empreendedores nordestinos.”
A plataforma colaborativa Nordestesse promove as tradições e identidade nordestina pela curadoria de produtos e experiências dos nove estados do Nordeste brasileiro. Fazem parte dessa curadoria marcas como Depredro, Catarina Mina, AM Brazil e SAU. Leia mais sobre a plataforma Nordestesse…
“Nossa rede de produção é feita por costureiras, bordadeiras, rendeiras e crocheteiras do sertão e litoral potiguar que aplicam saberes e habilidades ancestrais de suas comunidades em artigos de moda feitos à mão, gerando impacto social na região e humanização dos processos da cadeia produtiva”, Marcus Figueiredo, diretor criativo e CEO da marca.
A marca slow fashion Depedro representa o regionalismo e exalta as técnicas das comunidades locais: crochê, bordado e rendas tradicionais do sertão.
“Acreditamos numa moda que olhe para as pessoas e suas necessidades considerando que elas têm impacto na sociedade. Nas nossas diretrizes nós priorizamos a humanização dos processos e esperamos que essas práticas reverberem no mundo transformando realidades”, Marcus Figueiredo.
Os grandes movimentos internacionais da indústria da moda
“Mudar a moda não é difícil. É tão simples quanto mudar a forma como compramos. Guardar roupas que já existem passando de pessoa para pessoa. Mantendo as histórias, a cultura, o valor, os designs, em movimento pelo maior tempo possível.” – Depop, moda para um futuro melhor.
O Depop, site popular para a venda de roupas de segunda mão e originais de designers emergentes, promove um canal global de conexão, na cultura, design e comunidades criativas em todo o mundo.
A plataforma, subsidiária integral da Etsy – mercado global de produtos exclusivos e criativos – apresenta três ações principais do seu plano intensivo de dois anos para um novo sistema de moda:
Clima neutro até o final de 2021.“Porque estamos numa emergência climática e queremos fazer a nossa parte.”
Um sistema que dê sempre preferência à moda circular ou feita de forma responsável para todas as colaborações da marca. “Queremos fazer das melhores opções de moda a primeira escolha para todos. E trabalhar com marcas com visões semelhantes nos ajudará a fazer isso mais rápido.”
Promover recursos educacionais e oportunidades de orientação para ajudar empreendedores, criativos ou pequenas empresas de grupos sub-representados a expandir seus negócios de forma sustentável. “Porque é hora de projetar um novo sistema de moda. E queremos que reflita o maior número possível de perspectivas.”
“A moda é uma linguagem global – não importa onde estejamos, nossas roupas sempre contam uma história sobre quem somos – e, assim como a linguagem, a moda está em constante mudança. É hora de tornar essa linguagem mais do que tem sido. Para deixar de lado o que não está funcionando e criar algo com mais vibração, mais oportunidades, mais esperança, mais cuidado – algo que reflita a maneira como queremos valorizar uns aos outros e nossa casa.”
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/04/CAPA-TEXTO-3.jpg12001714abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-04-18 13:23:412022-04-18 13:23:41Como a indústria da moda está medindo o ESG?
“Um pacto da conscientização sobre pautas sociais, ambientais e econômicas presentes, não apenas na moda, mas no planeta.”
O Coletivx promove a filosofia da conscientização e responsabilidade social, ambiental e econômica na curadoria das marcas, pelo estudo das 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) e o framework de produção e consumo conscientes.
O “ECO = MMERCE” representa um catalisador de mudanças pela difusão do conhecimento e educação das questões macro e na curadoria de marcas e parceiros.
“Coletivx é mais do que um e-commerce, é um coletivo e uma comunidade consciente em busca de um futuro (e presente) melhor.”
Filosofias Coletivx
“No Coletivx acreditamos que é possível produzir e consumir de forma mais consciente. Trabalhamos com uma seleção de marcas que tenham em comum o desejo de diminuir o seu impacto e evoluir cada vez mais rumo a uma moda com mais responsabilidade social e ambiental.”
Moda Circular: utilização dos recursos finitos do planeta de uma forma mais sustentável e responsável. A circularidade propõe a reutilização de materiais para aumentar o ciclo de vida do produto e diminuir o seu impacto no meio ambiente.
3 possibilidades para as marcas se aproximarem de um modelo de produção mais circular:
Novos produtos a partir de materiais reciclados;
Upcycling: a técnica apresenta um novo propósito a materiais já existentes que seriam descartados;
Produtos de segunda mão (second-hand).
Eco-friendly: produtos com o objetivo de causar menor impacto na natureza e no mundo.
Baixo/Mínimo Desperdício: o conceito de zero ou mínimo desperdício na moda apresenta uma produção de pouco ou nenhum desperdício têxtil no ciclo produtivo. A técnica permite diferentes formas: criar um design que use 100% de determinado material ou utilizar essas sobras para fazer um outro produto, sempre com o objetivo principal de evitar o descarte e a produção de lixo.
Feito por mulheres: marcas que celebram e valorizam mulheres no mercado de trabalho. A moda como um caminho para o empoderamento feminino.
Artesanal: produtos artesanais e técnicas tradicionais, escolha cuidadosa dos materiais e uma forte conexão entre o criador e o produto final.
“O “feito à mão” não só traz uma conexão mais humana para a moda, mas também uma certa exclusividade para o consumidor, já que a produção dos artigos não é em massa.”
Responsabilidade Social: produtos e marcas que prezam pelo impacto social positivo na comunidade, valorizam seus colaboradores de forma igualitária e justa, além de respeitar a diversidade e praticar a inclusão em toda sua cadeia de produção.
Uso consciente de recursos naturais: por ser uma indústria que utiliza recursos naturais em grande escala, marcas que prezam pelo uso consciente de recursos em sua produção são de extrema importância. Isso compreende a forma que é feita a utilização da água, do solo e dos recursos florestais.
“Para caminharmos rumo a uma produção mais consciente, é interessante utilizar água de reuso ou pensar em formas de redução do uso da água e de energia, repensar a utilização de produtos químicos e claro, preservar as nossas florestas.”
Slow Fashion, atemporal e sob demanda: movimento na moda que valoriza os processos de produção do produto: quem o faz, a maneira como ele é feito, os materiais utilizados, aspectos culturais e o respeito ao tempo de confecção daquele produto. É sobre produzir de uma forma mais desacelerada, consciente e respeitosa com as pessoas e o planeta. Muitas marcas que adotam o movimento trabalham com uma produção sob demanda, evitando o desperdício e o excesso de estoque.
Produção ética e/ou local: a moda ética é aquela que tem como pilar principal a preocupação com as pessoas envolvidas na sua cadeia de produção – condições de trabalho dignas e justas, contribuir para a preservação de tradições culturais e priorizar uma produção local que valoriza a região e a sua comunidade.
Transparência e Comércio Justo: a transparência na moda é fundamental para o desenvolvimento sustentável do setor. Negócios transparentes promovem escolhas mais conscientes.
“É através do conhecimento que conseguimos exigir mais da indústria e iniciar uma discussão aspirando uma moda cada vez mais sustentável.”
Análise da marca pelo framework e critérios – marcas devem preencher pelo menos 1 dos 20 critérios;
Reunião com a marca;
Envio de questionário para marca que permite questionar todo o processo produtivo e governança da marca, a fim de verificar sua eco responsabilidade.
“Queremos auxiliar as pessoas a tomarem decisões mais pensadas, e mostrar que é possível consumir de forma mais sustentável; O Coletivx nasce com o objetivo de fomentar o consumo consciente de moda e lifestyle. Queremos marcas que compartilhem conosco tais valores e que se importem com o futuro do nosso planeta, buscando minimizar seus impactos socioambientais e tentando ser suas melhores versões em toda sua cadeia produtiva.”
“Por vivência pessoal, sei o quão trabalhoso é encontrar marcas comprometidas com questões sociais e ambientais, sem deixar a curadoria de moda de lado. Por isso quis criar um único local em que as pessoas pudessem encontrar todas essas marcas e facilitar que consumam de uma forma mais consciente”, Sofia Oliveira, Coletivx.
Economia Circular
Vivemos uma transição, uma quebra de paradigmas onde a criatividade e a empatia são um imperativo.
Plataformas como a Coletivx abrem caminhos com novas maneiras de trabalhar e cuidar de seus colaboradores.
A abordagem circular estimula a inovação e dá significado aos negócios, dando impulso para o desenvolvimento de novos materiais e processos. Leia mais…
“Enquanto a moda fala muito mais sobre sustentabilidade, é mais difícil do que nunca distinguir entre as empresas que estão realmente fazendo a diferença e aquelas que fazem greenwashing”, Business of Fashion.
ESG – “environmental, social and governance” (“ambiental, social e governança”) – sigla do momento, repetida e citada nas mídias sociais e artigos e vídeos da mídia tradicional. O ESG expressa quanto e como um negócio apresenta formas de mitigar seus impactos no meio ambiente, construir um mundo mais responsável e manter os melhores processos administrativos.
Os critérios ambientais, sociais e de governança são utilizados também por muitos investidores que priorizam critérios de sustentabilidade, ou seja, investidores que não analisam apenas índices financeiros.
Estamos falando aqui também sobre a responsabilidade da comunicação de uma marca, já que greenwashing pode não só induzir consumidores e investidores ao erro, mas também caracterizar publicidade enganosa e atuação fraudulenta.
O greenwashing prejudica muito a tomada de decisões e impede investimentos para projetos e empresas que efetivamente adotam medidas sustentáveis. Os relatórios de sustentabilidade ou relatórios ESG não podem ser vistos apenas como um documento de marketing ou RP, mas o cuidado com o posicionamento público das empresas, ou seja, o papel da comunicação, é fundamental.
A Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido, importante mercado consumidor dos produtos brasileiros, disse ao The Guardian que se prepara para divulgar nomes de grandes empresas de moda que estão no mercado, “Os consumidores estão sendo levados a pagar mais caro por produtos de moda que fazem grandes alegações sobre suas credenciais ambientais, mas não têm evidências para comprová-las”.
Nessa mesma matéria de Helena Horton, a CMA relata que está investigando as alegações do setor de moda da Grã-Bretanha e em breve terá uma lista dos piores infratores.
Estima-se que os consumidores do Reino Unido gastem 54 bilhões de libras anualmente em roupas e calçados, e espera-se que isso continue crescendo nos próximos anos.
“Acreditamos que a crescente demanda dos consumidores por produtos verdes e sua disposição de pagar por esses produtos aumentou o incentivo para que as empresas sejam vistas como verdes, sejam elas verdes ou não”, Cecilia Parker Aranha, the CMA’s director of consumer protection.
Ao redor do mundo, os mercados estão definindo como as marcas devem redirecionar seus esforços, num grande esforço global pela mudança que a indústria precisa concretizar.
“Trabalhamos com a Copenhagen Fashion Week e a Creative Denmark para entender o que realmente significa ser uma marca responsável no clima atual e o que designers e consumidores podem fazer melhor para cuidar do planeta que chamamos de lar”, Stine Goya.
“É um desafio navegar por todas as informações disponíveis para os consumidores e fazer a escolha certa. A maioria das marcas que desejam fazer uma mudança tem um documento de política de responsabilidade anual, e nós também. É um documento que descreve nossos objetivos específicos e metas para o ano, além de lançar um Relatório de Responsabilidade, em que o progresso da empresa é medido em diferentes níveis”; “Nosso objetivo é ser o mais transparente possível para nossos consumidores. Não somos uma marca 100% responsável – e não é algo que afirmamos ou deveríamos ser. Somos francos em nossa abordagem do que pode ser gerenciado por nossa empresa dado o nosso tamanho e somos progressivos em nossos objetivos para o futuro. Mas estamos determinados a nos tornar pelo menos 90% sustentáveis até 2025 e estamos no caminho certo para fazê-lo”, Stine Goya, Harpers Bazaar.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/04/CAPA-TEXTO-2.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-04-06 10:15:382022-04-06 10:15:38Greenwashing e ESG
Os profissionais de relações públicas têm um desafio: como posicionar seus clientes em um mercado onde a demanda por produtos responsáveis é crescente e promove, não somente oportunidades de negócios para agências de comunicação, mas também novas responsabilidades.
“Duas em cada três ligações que recebemos são a respeito de nossas práticas sustentáveis”; “Este é o setor que mais cresce dentro da agência. As vagas centradas em sustentabilidade que abrem na empresa são ‘as vagas mais rápidas que já preenchemos’, Carrie Ellen Phillips, co-fundadora da agência BPCM.
“Certamente não foi fácil falar sobre moda sustentável”; “Foi uma batalha tão difícil para torná-la atraente. E agora que está legal, acho que existe o problema oposto”, Erin Allweiss.
Em outras palavras, a moda fala sobre sustentabilidade, mas a pressão maior é para distinguir as empresas que têm um real impacto positivo e as que praticam o greenwashing (processo de transmitir uma falsa impressão e marketing ecologicamente corretos para persuadir o público).
“À medida que as marcas estão sob crescente pressão de consumidores e reguladores para respaldar as alegações de sustentabilidade, algumas empresas de comunicação estão desenvolvendo sua experiência para se destacar – tanto para marcas de moda que procuram representação quanto para jornalistas que procuram contatos de relações públicas em cujas fontes de sustentabilidade possam confiar”, Business of Fashion.
Marketing com significado e economia circular
A economia circular é uma realidade: “A maneira como vivemos e consumimos está em cheque: conhecer e entender processos de trabalho sustentáveis amplia nosso olhar criativo e mostra que é possível transformar por meio de ações concretas, utilizando ferramentas e processos de desenvolvimento de produtos e serviços que respeitem o meio ambiente.
No Brasil existem movimentos nesse sentido, e já está claro que uma abordagem circular estimula a inovação e dá significado aos negócios, dando impulso para o desenvolvimento de novos materiais e processos.” Leia mais.
A marca brasileira UMA, focada nas criações colaborativas, conexões e atemporalidade criou uma “irmã mais nova”, a UMA X, comandada por Vanessa Davidowicz, filha de Raquel e RobertoDavidowicz. Com peças sem gênero, vendidas apenas no varejo e no e-commerce, a marca conta com preços mais acessíveis e uma proposta sustentável. A ação colaborativa já vem do título: o X aparece para se conectar aos nomes dos artistas e iniciativas com que colabora”, Forbes.
“Acreditamos numa moda diferente, uma moda focada em quem produz, e que concentra seus esforços em questionar, repensar, refletir e tomar decisões levando em consideração um coletivo. Uma moda que se sustenta em um futuro de colaboração muito mais que de disputa”, Catarina Mina.
“De forma simples e direta, buscamos múltiplas soluções que resultem num consumo mais inteligente e que nos guie no alcance de um genuíno bem viver: mais limpo, funcional e coletivo. Repensar conceitos de produtos e aplicar um design que minimize impactos negativos são pontos centrais da nossa estratégia e que sempre estão na nossa mira”, Movin.
A Vert investe em pesquisa e novas tecnologias, apresenta comércio justo e matérias-primas orgânicas mais equitativas economicamente para todas as partes envolvidas na cadeia produtiva. Leia mais…
Os tênis Vert são produzidos em fábricas e oficinas no Brasil, onde estão suas fazendas de algodão orgânico. Charlotte Lápalus. Fonte: Business of Fashion
A sustentabilidade precisa ser uma prioridade para as marcas. Traçar metas e objetivos concretos é o que vai incorporar os processos sustentáveis às ações da empresa. As assessorias precisam estar preparadas para que isso seja comunicado de forma assertiva, e que essa transparência chegue como algo positivo aos consumidores. Mesmo os erros e limitações são, em alguns casos, expostos como estratégia e posicionamento, já que, como bem resumiu Oskar Metsavaht em entrevista a um jornalista do GLOBO: “Ser 100% sustentável de uma hora para a outra não é viável”.
[RE] STORE Galeries Lafayette, moda circular e responsável
A tradicional Galeries Lafayette, primeira loja de departamentos da Europa, inaugurada em 1894 no Boulevard Haussmann, com 70.000 m2 em três edifícios, recebe, aproximadamente, 100.000 visitantes/dia. E, internamente, apresenta 15.000 m2 para 3.500 marcas renomadas de moda.
Em mais um movimento em prol do compromisso com a construção de uma indústria de moda responsável e inclusiva, a Galeries Lafayette inaugurou em 2021 a [RE] STORE, novo espaço para comercialização de vestuário de segunda-mão.
Ocupando as instalações no 3º andar da loja, a maior e mais tradicional varejista da Europa, apresenta um setor totalmente dedicado à moda circular. Seu funcionamento se baseia em parceria com os principais players da modalidade ‘segunda mão’ e criação engajada, entre eles Monograma, Personal Seller, CrushON, Relique, Culture Vintage, Salut Beauté, Patina, etc. Vale citar que o conceito GL para ‘produto responsável’ segue os protocolos do selo Go for Good, lançado em 2018, que indica menor impacto sobre o meio ambiente, apoio à produção local e contribuição para o desenvolvimento social.
Construindo um negócio responsável
“O maior impacto de empresas de relações públicas ou publicidade é o trabalho que elas fazem para seus clientes. Quando você analisa o impacto de sustentabilidade da sua empresa, não são os voos que você pega ou os copos que você usa”; “O maior impacto absoluto é como as pessoas acabam comprando e consumindo como resultado de suas ações”, Duncan Meisel, cofundador da Clean Creatives, grupo focado em pressionar as agências de relações públicas para não trabalharem com empresas de combustíveis fósseis.
Ao redor do mundo cresce a quantidade de agências de comunicação e PR que recusam clientes que não estejam alinhados à uma agenda de sustentabilidade.
Para as empresas mais novas no conceito de sustentabilidade, a experiência em relações públicas é importante para se encaixarem no movimento sem caírem na armadilha do Greenwash. Por esse motivo, muitas agências oferecem relações públicas e atuam também como consultoras.
“Gostamos de nos ver como um ‘amigo crítico’”; “Vemos o PR desafiando [os clientes] em vez de apenas comemorar o sucesso da cobertura da mídia”, Harriet Vocking, diretora de marca da Eco-Age.
Greenwashing e ESG
Existe uma ligação direta entre ESG e a responsabilidade da comunicação de uma marca, já que greenwashing pode não só induzir consumidores e investidores ao erro, mas também caracterizar publicidade enganosa e atuação fraudulenta.
A Governança Ambiental, Social e Corporativa (ESG – Environmental, Social, and Corporate Governance) é uma avaliação da consciência coletiva de uma empresa para fatores sociais e ambientais.
Os três critérios ESG verificam a saúde e lucratividade financeira, e a consciência social e ambiental da empresa.
● Ambiental: indica o comportamento da empresa em relação aos problemas ambientais.
● Social: aponta o relacionamento com os colaboradores.
● Governança: políticas empresariais e de governança aplicadas na empresa.
Os relatórios de sustentabilidade ou relatórios ESG não são apenas um documento de marketing ou assessoria de imprensa, e sim um posicionamento público das empresas, onde o papel da comunicação é fundamental. Leia mais sobre ESG.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/04/CAPA-TEXTO-1.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-04-06 09:21:442022-04-06 09:21:44Como a sustentabilidade tem acelerado as mudanças na postura e nas estratégias de RP (Relações Públicas)
“Nossa missão é promover a mudança no setor da moda, colocando o planeta e as pessoas em primeiro lugar.”
O Rio Ethical Fashion promove a quarta edição da semana do meio ambiente nos dias 1 a 3 de junho de 2022.
O fórum internacional de moda e sustentabilidade representa uma comunidade para discutir, inspirar, criar parcerias e divulgar os valores da sustentabilidade na indústria da moda, suas vertentes culturais e socioeconômicas no Brasil e no mundo.
“No Rio Ethical Fashion queremos quebrar barreiras da educação formal e das hierarquias organizacionais. Acreditamos nas histórias e vivências que possam inspirar a fazer melhor e diferente.”
Diversidade de vozes e pontos de vista
“Todos os agentes da mudança são bem vindos neste diálogo, respeitando e valorizando as diferenças individuais, mantendo um ambiente de troca que seja livre de preconceitos, discriminação, assédio, bullying ou intimidação.”
O REF apresenta debates de forma democrática e acessível a todos, palestrantes nacionais e internacionais, fashion films e webinars exclusivos, para reestruturar a cadeia produtiva da moda.
“Entendemos que vivemos uma transição de modelos e que não há fórmulas prontas para trilhar, mas tentativas, erros e acertos que podem e devem ser compartilhados e debatidos pelos agentes da mudança de modo cordial e construtivo.”
Missão e Manifesto
O REF apresenta as potencialidades criativas do Brasil para a rota da discussão internacional. E sua missão: “transformar a indústria da moda, incorporando os atributos da sustentabilidade em todas as etapas do processo: da criação ao consumo, passando pela produção e pela educação de todos os que querem ingressar nesse universo.”
“O Rio Ethical Fashion pretende estimular a coragem e a resiliência necessárias para formar os agentes da mudança neste mundo em que vivemos. De forma pacífica, inclusiva e ética.”
“A SHOP GINGER nasce de uma delicada dança entre a moda autoral, a paixão pela estética e o respeito pela natureza.”
“Uma tela em branco, repleta de possibilidades, começa ganhar vida e ser tomada pela cor laranja: Marina Ruy Barbosa dá início a uma jornada que busca aliar seu amor por moda, arte e design a iniciativas mais conscientes e sintonizadas com o mundo de hoje.”
A nova associada SHOP GINGER tem peças versáteis, com qualidade, design atemporal, matéria-prima e produtores brasileiros.
“O resultado é uma nova marca que abraça o presente enquanto volta o olhar para o futuro. Pronta para encontrar sua voz, ela ressignifica e busca significado.”
Coleção Riviera: convite para apostar na arte e no inusitado
A coleção atual SHOP GINGER apresenta cores, shapes, estampas e texturas exclusivas inspiradas nos movimentos de libertação dos anos 60 e nas belezas das principais regiões costeiras do mundo.
“A Coleção Riviera chega para celebrar todo o sentimento de euforia e leveza que os reencontros têm. Ela manifesta o desejo de diversão e irreverência para os dias atuais.”
Pop-up-store: uma nova experiência Ginger
A marca expande sua estratégia omnichannel e promove uma experiência imersiva na primeira pop-up store, no Shopping JK Iguatemi, São Paulo.
“Com a consolidação da Ginger dentro do mercado de moda nacional, era hora de dar um passo além e complementar a nossa estratégia digital. A necessidade de uma experiência física da marca ficou evidente após nosso crescimento consistente e os pedidos constantes de nossas consumidoras. Estamos felizes em poder estabelecer uma estratégia omnichannel ainda em 2021 que possa suprir todas as necessidades da nossa base de clientes – mantendo a nossa essência e identidade. Era o momento certo de expandir a nossa presença no varejo e estou confiante na escolha do grupo Iguatemi para esse momento importante, além de outros parceiros multimarcas pelo país”, Marina Ruy Barbosa.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/01/image-1-2.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-01-26 14:40:202022-01-26 14:40:20SHOP GINGER, uma moda com o olhar para o futuro
As marcas Isolda e Margaux seguem os conceitos cruelty free e upcycling na nova linha de calçados
“Sempre sonhei em vestir as mulheres dos pés à cabeça. Desenhar uma coleção de sandálias sexys para o Verão junto com a Mica, de maneira mais consciente e limpa, unindo os DNAs da Margaux e Isolda é a realização de um sonho. Foi um grande desafio porque ao trabalhar exclusivamente com o upcycling das fibras naturais, as peças ficaram limitadas a poucas quantidades. Mas o resultado é uma coleção super cool, linda e consciente”, Juliana Affonso Ferreira, Isolda.
As marcas Isolda e Margaux apresentam uma linha de sapatos limitada e sustentável.
A collab promove sete modelos cruelty free e upcycling: duas birkens, duas papetes, duas flats e um tênis.
“A Isolda é uma marca admirável e suas estampas cheias de personalidade enchem os olhos em toda coleção. A junção entre Isolda e Margaux resultou em personalidade, moda e sustentabilidade. Utilizamos as sobras de tecidos da marca e imprimimos com o nosso DNA da Margaux que só produz sapatos Cruelty Free. Unimos valores e uma tendência que veio para ficar. A coleção está linda, feliz e única. Fiquei muito feliz e honrada em trabalhar com a Juliana. Fizemos uma collab com a cara do verão!”, Mica Rocha, Margaux.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/01/image-1.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-01-25 09:55:402022-01-25 09:55:40Isolda e Margaux apresentam collab exclusiva com upcycling de tecidos
Denise Gerassi representa o design sustentável brasileiro na Expo-Dubai
A marca associada Denise Gerassi participa da exposição de obras arquitetônicas e inovações tecnológicas Expo-Dubai.
“Aqui estamos nós, o Brasil e a marca Denise Gerassi, em uma exposição bastante significativa. Representar o Brasil apresentando produtos sustentáveis, desenvolvidos com couro de pirarucu – uma das principais riquezas das águas da Amazônia – é a maior inspiração para conduzir negócios e relações internacionais, super alinhadas com o slogan do evento – ‘Conectando mentes, criando o futuro!’”
O evento explora inovações, ideias, avanços científicos e tecnológicos nos dias 1º de outubro de 2021 a 31 de março de 2022, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Denise Gerassi apresenta os materiais destaque da marca: reuso da pele de peixe pirarucu da Amazônia, tecidos de algodão reciclado e garrafas pet no pavilhão do Brasil no setor da sustentabilidade.
“Flutuando sobre um espelho d’água onde os visitantes refrescam os pés, um enorme cubo branco; Dentro e fora dele, pode-se vivenciar a bacia amazônica, com suas florestas, animais, águas, peixes, cores, aromas, arte, culinária, arquitetura, povos indígenas e ribeirinhos e demais encantos.”
“Quer um local de maior sintonia para a marca Denise Gerassi? Mais do que estar no lugar certo, no momento exato, é poder fazer parte desse processo incrível de valorização das riquezas naturais do Brasil e da Amazônia, realizando um trabalho criativo, artesanal, seguindo técnicas e manuseios monitorados e sustentáveis, que qualifica e emprega muitas pessoas de várias comunidades ribeirinhas”, Denise Gerassi.
#sustentabilidade #denisegerassi #expodubai
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/12/DeniseGerassi_01.jpg12001200abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-12-07 19:24:472021-12-07 19:24:47Denise Gerassi pela Expo-Dubai
“Trabalhamos para a conscientização sobre a importância da ‘reciclagem’ dos metais que já foram extraídos do solo e assim criamos um sistema produtivo circular, sem danos ambientais, sociais ou econômicos.”
O Yby Bank promove um novo ciclo para reuso de metal pelo sistema produtivo circular. A atividade do Yby Bank apresenta a demanda de metais reciclados pela rede de parceiros, e a oferta pelos vendedores de metais.
A iniciativa desenvolve um sistema produtivo circular para minimizar os custos ambientais, econômicos e sociais, e para maximizar o valor do resíduo como novo insumo de produção.
“Teremos grande foco no serviço de compra e venda de metais de reuso com rastreio comprovado para empresas que querem utilizar uma matéria prima mais responsável em suas peças.”
Até quanto vale a busca incansável pelo ouro?
Você sabia que a mineração de metais gera grandes impactos no meio ambiente e na sociedade?
A mineração de metais traz impactos negativos ao meio ambiente: remoção da vegetação na área explorada, poluição das águas e do ar, contaminação e erosão dos solos, morte de peixes e outros animais silvestres.
A atividade também pode causar impactos sociais: remoção de comunidades locais e povos indígenas, trabalho infantil e escravo, e enriquecimento de facções criminosas.
O YbY Bank trabalha os pilares informação, sustentabilidade e inovação para reduzir os impactos negativos e viabilizar o reuso do metal precioso retirado do solo.
“Nosso trabalho vai muito além de uma negociação de compra e venda de metais. O YbY Bank tem, entre seus principais objetivos, o de reforçar a conscientização de que há outras formas de trabalhar com este mercado, sem causar impactos ambientais e sociais. A sustentabilidade dos meios pode ser mantida, assim como as atividades que resultam em desmatamento podem ser evitadas com a viabilização do reuso de metais que já foram retirados do solo. Por isso reforçamos neste projeto, a importância das pessoas com vontade de fazer a diferença no mundo”, Mayara Rovery, fundadora do YbY Bank.
Joalheria x Sustentabilidade
Como empresas do ramo de joias estão se adequando para diminuir seus impactos negativos no meio ambiente?
Com a positiva mudança da mentalidade dos consumidores de moda, as empresas mudaram seus processos e criaram ações que diminuem seus impactos negativos ao meio ambiente.
Na área de joalheria, as marcas encontraram um meio termo entre consumo e responsabilidade. A associada Mariah Rovery, desde 2019, utiliza apenas ouro de reuso para a confecção de suas peças – material de joias antigas de seus clientes em troca de créditos na marca.
E o projeto do YbY Bank promove acesso prático e rápido a metais de procedência responsável e rastreável para as marcas com uma cultura mais transparente no setor de metais preciosos.
Selos para parceiros e associados
O YbY Bank oferece selos e planos de adesão para parceiros e associados:
Selo Bronze (Embaixador): pessoas físicas que apoiam o projeto e querem ajudar a difundir transparência e informação no setor.
Selo Prata (Apoiador): empresas que apoiam o projeto, desejam financiar pesquisas do setor e realizar a compra do metal.
Selo Ouro (Patrono): para aqueles que acreditam nas soluções para diminuir o impacto negativo no meio ambiente e desejam ajudar a financiar pesquisas para um desenvolvimento contínuo.
Selo Verde (certificação de Metal 100% Reciclado): empresas que desejam criar coleções com metal 100% reciclado e ter a autorização de expor o selo nos seus materiais de divulgação.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/11/YbyBank-d.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-11-18 10:18:522021-11-18 10:18:52Yby Bank, o primeiro banco de metais de reuso do Brasil