Desfile da Misci, marca do estilista Airon Martins, é destaque no SPFW edição 54
A coleção “Jerimum” da Misci, marca do estilista Airon Martins, teve como passarela a Sala São Paulo no Centro Cultural Julio Prestes no dia 17 de novembro. O uso do petróleo brasileiro no exterior é o conceito e a ideia é resgatar a matéria-prima e as mentes criativas do nosso país. Dando ênfase aos tons terrosos e azuis, foram apresentadas peças em couro, jeans e seda. Os modelos da grife, como Giovanna Ewbank e Enzo Celulari, desfilaram com bolsa de galão de gasolina, transparência e estampas.
Exalando brasilidade (não só na estética), no centro da sala onde os modelos desfilavam, havia um violoncelista acompanhando o tecnobrega que ecoava das caixas de som.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/11/Post-MISCI-SPFW-01-1.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-11-24 15:45:292022-11-24 15:45:29Misci no São Paulo Fashion Week
54ª edição do festival terá desfile de 6 marcas associadas à ABEST nos dias 17, 18 e 19 de novembro
O maior e mais aguardado evento de moda do Brasil acontece do dia 16 a 20 de novembro. A edição número 54 do São Paulo Fashion Week apresenta um recorde de desfiles presenciais, desta vez serão 50 desfiles. Dentre elas, seis marcas associadas ABEST: Misci, Lilly Sarti, DEPEDRO, Neriage, Lenny Niemeyer e Triya.
O festival traz -além dos desfiles icônicos- atrativos como instalações interativas, pocket shows, conteúdo de cenografia, exposições e muito mais. Sob curadoria de Carollina Laureano, a rua do Komplexo Tempo se transformará em uma galeria ao ar livre por conta dos coletivos de artistas que farão apresentações por ali. Além destas novidades, mais um fato inédito é que pela primeira vez na história do evento, o SPFW abre venda de ingressos para o púbico.
O desfile de abertura do segundo dia de evento na quinta-feira (17) fica por conta da Misci às 10h30, o próximo é da Lilly Sarti às 12h30. Mais tarde, o último associado ABEST a desfilar é a marca DEPEDRO às 16h.
No dia seguinte (18), Triya desfila ao meio dia e no sábado (19) Neriage estará na passarela às 12h30. Encerrando os desfiles do mesmo dia, Lenny Niemeyer se apresenta às 21h30.
Um novo espaço criado no Shopping Iguatemi (Av. Brg. Faria Lima, 2232 – Jardim Paulistano) reunirá uma sala de desfile e toda a transmissão online do evento, com uma área de estúdios dedicada a produção de conteúdos. O outro hub será no Komplexo Tempo (Avenida Henry Ford, 511), que terá agora duas salas de desfile, exposições, lounges e uma ampla sala de imprensa.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2022/10/capa-spfw.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2022-10-28 12:15:262022-10-28 12:15:26Marcas associadas ABEST no São Paulo Fashion Week
A iniciativa elegeu 8 marcas racializadas para o calendário oficial do São Paulo Fashion Week
O Sankofa, é uma coautoria do movimento Pretos na Moda e da startup de inovação social VAMO (Vetro Afro Indígena na Moda), que apoia empreendedores racializados na moda brasileira.
Idealizadores
Pretos na Moda é uma plataforma de comunicação que promove pautas e discussões sobre consciência racial e inclusão de profissionais racializados do mercado de moda brasileiro.
VAMO (Vetor Afro-Indígena na Moda) é uma startup de inovação social de profissionais inter-raciais que desenvolve um processo reparatório na moda nacional para pretos e indígenas.
O projeto
A iniciativa pretende promover a inclusão na moda brasileira e dar visibilidade, apoio e suporte aos empreendedores racializados em três edições do SPFW.
O projeto Sankofa apresentou 8 marcas emergentes fora do circuito de passarela atual no São Paulo Fashion Week N51.
As marcas recebem acompanhamento para ingressar de forma estruturada no mercado e no line up oficial do evento. O processo apresenta apoio profissional de uma equipe (psicólogos, advogados, contadores) e de 8 marcas madrinhas – empresas de destaque no line up do São Paulo Fashion Week.
8 novas marcas selecionadas e suas respectivas madrinhas
Na primeira edição (junho 2021), as marcas apresentaram um fashion film e um ensaio fotográfico do processo de criação, de forma totalmente digital na plataforma do SPFW e canais digitais do evento.
“É mais uma escola do que um palco para exposição”, afirma Natasha Soares, cofundadora do coletivo Pretos na Moda, para a Vogue Brasil.
Mile Lab
Naya Violeta
Santa Resistência
Silvério
Parceiro Sankofa
“Como aproximar o Brasil do design, da inovação, da tecnologia, com o Brasil da vocação, do talento, da diversidade? Os esforços do IN-MOD são voltados a provocar essa discussão e a desenvolver ações que proponham caminhos como resposta”, afirma Graça Cabral, membro do Conselho do IN-MOD.
O IN-MOD, Instituto Nacional de Moda e Design, criado em 2004, é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como missão e visão trabalhar, nos mercados interno e externo, pelo reconhecimento e visibilidade da moda e do design brasileiros como segmentos de valor agregado.
Diversidade na moda: vozes da indústria pelo mundo
“As passarelas do nosso País precisam ser um reflexo do que se vê em nossas calçadas. É muito importante que cores, corpos e etnias diferentes sejam vistas em um espaço que discute a beleza e a elegância”, Emicida.
A McKinsey & Company apresentou histórias de estudantes de moda, designers emergentes e líderes da indústria sobre suas experiências na moda dos EUA – e suas ideias para a criação de locais de trabalho mais inclusivos – para o relatório State of Diversity, Equity & Inclusion in Fashion, de fevereiro de 2021 da PVH Corp. e do Council of Fashion Designers of America (CFDA). E pesquisou mais de 1.000 funcionários em 41 empresas, conduziu 20 entrevistas com partes interessadas e três grupos de foco com alunos e designers emergentes.
A empresa também entrevistou duas das principais partes interessadas do relatório: CaSandra Diggs, presidente do CFDA, e Lance LaVergne, diretor de diversidade da PVH. Eles compartilharam suas percepções sobre áreas de oportunidade – incluindo conscientização, acesso e pertencimento – e ações que organizações e indivíduos podem realizar para criar uma indústria da moda mais diversificada.
“A moda é uma indústria vibrante e estimulante que emprega mais de um milhão de pessoas nos Estados Unidos e atrai muitos designers e profissionais aspirantes. Mas certos grupos de indivíduos talentosos – em particular, negros – lutam para entrar no setor, e aqueles que conseguem entrar nem sempre se sentem bem-vindos. Uma sub-representação substancial de diversos talentos começa em escolas de moda e estágios e continua em todos os níveis até os mais altos escalões de influência e liderança”, McKinsey & Company.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/10/capa-1.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-10-26 16:53:402021-10-26 16:53:40Projeto Sankofa, inclusão racial para a moda brasileira
A iniciativa pretende promover a inclusão na moda brasileira e dar visibilidade, apoio e suporte aos empreendedores racializados.
No projeto Sankofa, oito marcas selecionadas participam de três edições do São Paulo Fashion Week, recebem uma mentoria e acompanhamento de advogados, publicitários, contadores e psicólogos, e o aconselhamento de uma “madrinha” – uma marca veterana consagrada do SPFW:
A estratégia de apoio da iniciativa é criada a partir das deficiências individuais e necessidades de cada etiqueta.
“É mais uma escola do que um palco para exposição”, explica Natasha Soares, cofundadora do Pretos na Moda, para a Vogue.
“Na tradição africana dos povos acã, sankofa é um ideograma representado por um pássaro com a cabeça voltada para trás, ou por duas linhas curvas que formam um desenho de coração. Para o escritor, professor, e ativista de direitos humanos da população negra, Abdias do Nascimento, seu significado é: ‘retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro.’”
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A nova coleção verão 2022 da Neriage harmoniza a ideia de quebra e fluidez
Neriage apresentou a nova coleção de verão 2022 Sonar no SPFW N51.
“Essa é a primeira coleção (ou história, como gosto de chamar), que não fala sobre pessoas, relações ou movimentos. Achei que não faria sentido falar de algo que não fosse o sentimento de saudade e a intimidade que desenvolvemos com os objetos e barulhos ao nosso redor. Ou mesmo a liberdade que inventamos ao dançar na nossa casa e correr em pensamento.”
O capítulo Sonar reimagina as peças clássicas em formas e cores que harmonizam as ideias de quebra e fluidez.
“Penso que os sonhos e essas sensações são, na verdade, o que temos de mais próximo da realidade.”
A coleção Sonar apresenta sapatos desenvolvidos em parceria com a Bluebird Shoes e peças estampadas com obras da artista Gabriella Garcia, convidada nesta edição.
Os detalhes de costuras cruzadas, botões e aviamentos antigos retratam a sensação de nostalgia de todo o processo. Alguns plissados também aparecem cruzados e os drapeados trabalhados em lados opostos. E os volumes pontuais nas modelagens e cores envelhecidas remetem a imaginação ativa do passado presente.
“’Aprendi a gostar das flores tanto quanto das falhas geológicas’. trecho do longa metragem ‘Viajo porque preciso, volto porque te amo’, de Marcelo Gomes e Karim Ainouz, 2009.”
A coleção Boléia retrata o conceito e a essência Vernacular
A Misci apresentou a nova coleção Boléia no SPFW N51, “para discutir o que é nosso por essência sob a ótica Vernacular”.
A marca explorou uma nova perspectiva do conceito Vernacular: uma coleção inspirada nas boleias de caminhão.
“Na apresentação desta temporada, Misci irá materializar através da abordagem do design, os sonhos e perspectivas de quem sai de casa em busca dos seus sonhos.”
A coleção Boléia expressa as famosas frases da cultura popular brasileira nas estampas, texturas e cores do jacquard em matéria prima nacional, como o algodão orgânico da paraíba e a seda.
“Um bolso na frente do top é design vernacular – um resgate de memória afetiva ao lembrar das nossas mães e avós, que guardavam o dinheiro no sutiã.”“É simples, mas uma imagem forte de muitas mulheres brasileiras”.
“Cresci e fui criado na beira da BR, em um cabaré que a minha família tinha. Lembro que, quando brigava com a minha vó, eu ia para a beira da estrada para pedir carona. Ela vinha correndo atrás de mim, para eu voltar para casa”,“É uma coleção emocionante, porque celebro as mulheres da minha vida. Fui criado por elas e tem um ano e três meses que não as visito, por causa da pandemia”, afirmou o designer Airon Martin para a revista Elle, “a inspiração vem da sua infância”.
A Misci enxergou na cultura e raízes do Brasil o potencial para a construção de três novas narrativas para a temporada: Misci + Tiê, Therpol e a moda sustentável e Óticas Ventura – feito no Brasil.
A primeira collab revela a moda brasileira da Misci e a cachaça Prata da Tiê, para ressignificar termos banalizados da nossa língua.
A segunda colaboração é o chinelo desenvolvido pela Therpol, termoplástico à base de borracha natural – fonte biorrenovável de matéria-prima que permite produção de artefatos de borracha e que utiliza o mesmo sistema de injeção da produção de peças plásticas.
E na última história, três modelos de óculos criados a partir de uma releitura de um modelo clássico da Ótica Ventura.
“Uma cachaça prata premiada e uma sandália 100% sustentável são algumas das histórias que serão contadas com exclusividade neste momento.”
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/07/misci_1-1.png644920abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-07-09 17:26:492021-07-09 17:26:49Misci apresentou sua nova coleção no SPFW N51
Flávia Aranha desfilou a nova coleção no SPFW N51 para celebrar o tema regeneração
Flávia Aranha apresentou o filme-coleção Sopro, ao lado do músico e produtor Betão Aguiar, para encerrar o São Paulo Fashion Week N51 e celebrar a regeneração como o futuro da moda sustentável. E no dia 27, domingo, a estilista foi convidada para uma mesa de sustentabilidade, um bate-papo sobre a construção de uma marca sustentável.
A coleção reaproveitou os resíduos destinados ao banco de tecidos da marca para o desenhar de um novo capítulo. “Gostei de ver a marca nesse lugar. Juntar pedaços é juntar memórias. Tem algo de singelo nisso”, afirmou a estilista para a revista Elle.
A marca expressa a sustentabilidade e o desenvolvimento consciente no reuso dos retalhos do ateliê pela técnica do patchwork, em parceria com as Artesãs de Muquém (GO) e Artesãs de Maciel (MG).
A coleção apresenta roupas em algodão, linho, seda e lã naturais e orgânicos, os acessórios bichos, criados em parceria com a marca Arqvo, colares apitos do artesão do ES, Maurílio Coelho e colares lupas. Destaque também para as peças em tapeçaria, feitas à mão por mulheres da Associação de Tapeceiras de Lagoa do Carro (PE), utilizando fios de Lã Merino dos parceiros da marca Fios da Fazenda (RS) e depois costuradas pela equipe FA.Os chinelos em Taboa foram confeccionados pela Associação de Mulheres Artesãs de Guapiara Arte Vida e finalizados com retalhos dos tecidos usados no desfile.
As cores e o tingimento foram criados em caldeirões de cobre a partir de materiais singelos, sobras de alimentos – cascas de cebola, semente de abacate, caldo de arroz negro e feijão, palha de milho crioulo, catuaba – para recriar os tons do céu.
“A mãe terra sorri e celebra o cuidado e o amor de certas mulheres sábias que vêm, de tempos em tempos, resgatar ensinamentos ancestrais que combinados às técnicas do futuro, imprimem, documentam e anunciam um novo tempo.”
Assista no Youtube da SPFW o desfile na íntegra
“Esse filme é um devaneio utópico em tempos distópicos. Um olhar sensorial e atemporal para a vida que nos atravessa. A câmera se coloca como o ar: flutua, plana, corre. Registra seu próprio caminhar pelo corpo, pele, tecido dessas mulheres que habitam nossas roupas-plantas”, completa Flávia Aranha.
Terra de Gigantes revela os saberes e fazeres dos mestres da cultura cearense
Ronaldo Fraga abriu a 51ª edição do São Paulo Fashion Week, via streaming, na quarta-feira, dia 23 de junho, e apresentou a coleção Terra de Gigantes.
A coleção expressa a cultura do Cariri Cearense de onde trouxe a inocência lúdica de mestres artesãos, como Espedito Seleiro e Françuli. A coleção é mais do que moda, é um registro afetivo da resistência cultural do povo brasileiro.
“Em Terra de Gigantes falo sobre a miscigenação característica da região, dos filhos que são frutos das mais variadas misturas: índios Kariri, escravos, africanos malês de origem mulçumana, cristão novos e judeus fugidos da inquisição na Espanha e Portugal. Mistura que é também a base de todo povo brasileiro”, afirma o estilista.
A nova coleção apresenta uma única base de tecido 100% linho, muitos bordados e poucas estampas, e uma explosão de cores para representar o multicolorido Cariri Cearense.
Resultado do trabalho desenvolvido por Ronaldo Fraga e os alunos e profissionais do Senac Ceará, a coleção Terra de Gigantes retrata os Museus Orgânicos e os Mestres da Cultura do Cariri, fortalecendo a moda autoral e a cultura da região.
“Lançado em 2018, os Museus Orgânicos, projeto desenvolvido pelo Sesc Ceará em parceria com a Fundação Casa Grande, permitem um contato direto com o próprio mestre, suas tradições, família e histórias. As casas e oficinas dos artesãos são abertas ao público, revelando memórias, afetos, fotografias, vestimentas, objetos, enfim, tudo aquilo que permeia o cotidiano daqueles que transmitem o saber popular, nas mais diversas formas da arte.”
No canal do SPFW no Youtube você pode assistir ao desfile, na íntegra.
Estou convidando as pessoas a darem um mergulho e irem comigo para o Cariri Cearense. Costumo dizer que se o Nordeste é a grande amálgama da cultura brasileira, o Cariri é o epicentro”, diz @fragaronaldo sobre sua coleção que abre a 51ª semana de moda paulistana, que a modelo @suyane.moreira_ veste nas fotos acima. Um profundo apaixonado pelo Brasil, Ronaldo encontrou nas cores da cultura popular da região a inspiração para criar suas peças, todas feitas de linho. Misturas como azul e vermelho, e verde e turquesa tomam o lugar das estampas características da marca. “Para mim não há outro lugar com uma relação tão sofisticada com os tons, era isso que eu queria explorar”, fala. A mensagem política, sempre presente nas suas criações, não ficou de lado. “Nesse tempo que a gente vive, com o País sob escombros, a única porta que pode nos salvar na reinvenção desse lugar é a cultura”, completa. (Via @alicecoy; fotos: @augustopessoa.inti). Calçados da coleção “ Terra de Gigantes “ desenvolvidos por @virginiabarros_ .
“Terra de Gigantes” intitula o desfile de @fragaronaldo, que abre o #SPFWN51. Poético e político como sempre, essa nova coleção parte das raízes e ancestralidades nordestinas do povo Cariri, que une a devoção ao padre Cícero, a aridez da terra batida e a manufatura artesã tradicional da região de Juazeiro do Norte. Suyane Moreira, atriz e ex-modelo cearense, completa o vídeo emocionante, caminhando pelas ruas de casas coloridas que inspira a cartela de cores vivas das peças em 100% linho. Vestidos e vestes longe do corpo ganham contraponto ao uso de hot pants com cintos de castidade. A dualidade entre a sensualidade – vide a liberdade – e o aprisionamento torna-se o roteiro que permeia a construção estética das peças que ganham decorações e bordados. A fé e a força do povo nordestino inspira, nos recolocando no agora, afinal em tempos tão caóticos a comunhão, as festas e o calor humano nunca fizeram tanta falta, e com maestria de gênios como Ronaldo encerra a apresentação com uma túnica preta, a batina de Padim Ciço ou do luto das mais de 500 mil vidas perdidas. (Fotos: Augusto Pessoa)
O estilista @fragaronaldo foi ao Cariri Cearense para criar a coleção Terra de Gigantes, que abriu a temporada N51 do @spfw. De lá, trouxe a inocência lúdica de mestres artesãos, como Espedito Seleiro e Françuli, traduzida em peças de linho com muitos bordados e uma explosão de cores. Mais do que moda, a coleção é um registro afetivo da resistência cultural do povo brasileiro.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Ronaldo-Fraga-SPFW-51-08.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-06-27 23:05:162024-06-01 15:17:39Ronaldo Fraga abriu o SPFW N51 e apresentou a coleção Terra de Gigantes
A coleção Spring Summer 2022 traduz uma fase de reflexão do nosso processo evolutivo
Lilly Sarti apresentou sua coleção Spring Summer 2022 no primeiro dia do SPFW N51, quarta-feira, dia 23 de junho.
“Quando comecei a criar a coleção Spring Summer 2022, estava em uma fase de reflexão e pensava em nosso processo evolutivo como seres humanos, seres que têm uma jornada na Terra e cuja história é de milhares de anos no universo”, afirma a diretora criativa Lilly Sarti.
A coleção promove três histórias: cápsula “Percepção do Eu”, cápsula “Reflexão do Ser” e a cápsula “Dimensão do Sagrado”.
A primeira história “Percepção do Eu” traz o jacquard Stella em fibras naturais e fios reciclados de garrafas PET, gabardine e tricoline, o algodão Éden para representar a natureza, tricôs com acabamentos em crochê, o mosaico de jeans e o crepe. E na cartela de cores, tons terrosos característicos da marca, e cores frias: azul oceano, jeans, off-white e tons naturais.
A segunda cápsula “Reflexão do Ser” revela a estampa Labirinto em preto e vermelho dália, “o sentimento de se estar perdido mas em busca da saída”, o lastex, aplicado de forma detalhista para valorizar o colo ou criar pontos de atenção, o vestido Nero em jeans e o vestido Renata. Na cartela de cores, azul noturno, rosa sândalo, verde sálvia, vermelho dália, amarelo calêndula e o amarelo solar.
A terceira parte da coleção apresenta sapatos de saltos baixos redondos, um shape anos 80, saltinhos em trapézio de metal, flatforms, e uma silhueta elegante em matérias primas naturais como a cambraia de linho, o rami e a gaze de algodão.
E a estampa labirinto em tons claros expressa a reflexão que norteia toda a coleção, “a transição da Era de Peixes para a de Aquário surge literal, em peixinhos bordados de forma inocente e irregular, em amora e azul oceano sobre tecido de tom neutro, e de forma poética com o bordado cósmico.”
“Tudo começa quando refletimos sobre quem somos, de onde viemos, para onde vamos e por que estamos aqui. Podemos pensar em cores, materiais e formas mais limpas, como um papel em branco que será a origem da nossa história.”
No canal do SPFW no Youtube você pode assistir ao desfile, na íntegra.
Lilly Sarti criou a coleção de Verão 2022 da marca @lillysartibrand pensando em nosso processo evolutivo como seres humanos. À partir daí, a ideia tomou a forma de silhuetas elegantes e descomplicadas, confortáveis mas próximas ao corpo.
Em termos de matérias-primas, Lilly elegeu várias naturais, como cambraia de linho, rami, e gaze de algodão. Sem esquecer, contudo, de materiais ecologicamente responsáveis, como o que mistura fibras naturais e fios reciclados a partir de garrafas PET.
Entre os detalhes importantes na coleção, estão os tricôs com acabamentos em crochê, e os mosaicos de jeans. Para complementar os looks, a estilista sugere sapatos baixos com saltos redondos e flatforms que esbanjam conforto.
Pular uma temporada para dar protagonismo ao lançamento da @relowofficial, que tem à frente sua irmã Renata Sarti, @lillysarti retorna ao SPFW com uma coleção tomada por reflexões introspectivas. Dividida em três partes (desde o verão passado, a estilista vem optando por desmembrar cada estação em cápsulas), passa pelo momento da percepção de quem somos e a hora em que tentamos fazer com que a nossa história faça sentido até chegar à evolução em constatar que nem sempre será possível compreender totalmente a realidade à nossa volta. “A gente está olhando para fora, enquanto deveríamos estar olhando para dentro”, diz a estilista. A elegância descomplicado da marca vem ainda mais pé no chão, sob medida para mulheres que não vão passar o pós-vacina de moletom, mas que desejam seguir confortáveis e à vontade. Celebrando 15 anos de marca, segue como sucesso de business mesmo em meio à pandemia: Lilly acaba de abrir mais uma loja em São Paulo, no Shopping Iguatemi, e de lançar uma coleção de móveis em parceria com a Breton (via @viviansotocorno)
As irmãs @lillysarti e @renatasarti fecham o primeiro dia de #SPFWN51 com uma coleção para a @lillysartibrand que mergulha no universo comum da marca: o esotérico. Peças fáceis, mas com acabamentos complexos, unem o handmade de crochês e bordados à alfaiataria já conhecida e querida das clientes da label. Comemorando 15 anos no mercado, hits como as calças de punhos nas barras e os babados ultrafemininos amarram a coleção e, sem dúvida, se firmam ainda mais como desejo. – Por @rodrigoyaegashi#BazaarnoSPFW
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Lilly-Sarti-SPWF-N51-04.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-06-27 22:35:252024-06-01 15:17:37Coleção Spring Summer 2022 Lilly Sarti no SPFW N51
Isabela Capeto apresentou a coleção PANCS, Plantas Alimentícias Não Convencionais, no SPFW N51
Isabela Capeto, como sempre celebra o artesanal, a cor e o produto brasileiro e apresentou sua nova coleção PANCS no SPFW N51, quinta-feira, 24.
A estilista representou as PANCS, Plantas Alimentícias Não Convencionais, em macacões e vestidos, usando tecidos como algodão, linho, organdi e jeans. Na cartela de cores vemos banana verde, vermelho-capuchinha, lilás-viola, azul-clitória, cáqui-tupinambo, rosa-hibisco, amarelo-lírio e vinho-shissô.
A coleção revela camadas de processos criativos e promove bordados, carimbos, rendas, pinturas manuais e o reuso de retalhos em forma de aplicações, “mais como uma maneira de se olhar a vida, aproveitando e reaproveitando tudo”.
“PANC é uma coleção não convencional, com pés e mãos na terra e a cabeça bem nutrida.”
No canal do SPFW no Youtube você pode assistir ao desfile, na íntegra.
No Instagram do SPFW
Isabela Capeto tem um olhar que procura enxergar algo novo, além do óbvio, até nas coisas banais. E nessa coleção, a estilista se volta para as plantas alimentícias vegetais –as PANCS–, com o objetivo de “revelar camadas de processos criativos, que misturam bordados em miçangas, paetês e richelieu, rebordados, aplicações, carimbos, pinturas em tecidos e crochês.” No jardim imaginário de @isabelacapeto, cabem macacões e vestidos feitos para dançar, em tecidos como algodão, linho, organdi e jeans. E a cartela de cores aguça, ao mesmo tempo, os olhos e o paladar. Os tons variam entre banana verde, vermelho-capuchinha, lilás-viola, azul-clitória, cáqui-tupinambo, rosa-hibisco, amarelo-lírio e vinho-shissô.
No Instagram da Vogue
A pandemia acelerou um processo de ressignificação do consumo, valorizando peças mais especiais, artesanais, feitas de maneira correta e em pouca tiragem, @isabelacapeto só tem a comemorar – vem tendência e passa tendência, há 20 anos a carioca é fiel a tal estilo e maneira de trabalhar. “Nunca quis ser cool, nunca fui minimalista. Sempre acreditei na força do meu trabalho e é bacana ver mais pessoas procurado por uma peça-desejo, por individualidade, por algo que seja de verdade”, diz.
Para a coleção de 2021 (em ritmo próprio, ela tem trabalhado uma única ao ano), elegeu como tema as PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais), “mais como uma maneira de se olhar a vida, aproveitando e reaproveitando tudo”, conta. Em suas mãos, tudo ganha um novo sentido: os retalhos são reinseridos em novas peças em forma de aplicações, acompanhando bordados, carimbos, rendas e pinturas manuais – durante a quarentena, até o tecido que se encontrava na parede do quarto de Isabela foi parar em uma jaqueta. Não que o “intercâmbio” seja obra do acaso: genuína, a primeira coleção de sua vida já levava retalhos de couro de um sofá que ela havia mandado re-estofar. Geralmente em tiragem limitada a seis peças, as criações já podem ser encontradas na multimarcas paulistana Pinga. (via @viviansotocorno; fotos: @melisssadeoliveira; styling: @felipeveloso; beleza: @maxweber_art)
No Instagram da Estilista Isabela Capeto
Apresentamos agora a nossa coleção PANCS no São Paulo Fashion Week! Compartilho aqui também com vocês os 16 looks que desfilaram na edição virtual do SPFW. Essa coleção é muito especial pra mim porque ela me veio em um momento em que as coisas lindas e essenciais (porém descartadas) da nossa terra passaram a fazer parte da minha vida – desde o prato até as estampas das minhas roupas.
PANCS é a sigla de Plantas Alimentícias Não-Convencionais. No meu ateliê, é o nome de uma coleção que é sobre usar o que é nosso e ir fundo em nossas raízes. Com vocês, PANCS ❤️
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