Segundo a Vogue, Copenhagen, eleita a capital mais verde da Europa, um dos dez melhores lugares para se viver no mundo, e sede de um dos maiores e mais importantes fashion summits, apresentou na semana de moda um plano de ação de sustentabilidade, que incentiva e avalia as marcas a agirem de forma mais consciente e responsável.
“Este momento serve para reafirmar o que acreditamos: que as semanas da moda precisam tomar uma atitude para conduzir uma transição sustentável dentro da indústria da moda e não ser apenas uma plataforma para exibir as coleções”, Cecilie Thorsmark, CEO da CFW.
As emissões de CO2 de uma semana de moda – em relação ao impacto da produção – são pequenas. Aproximadamente 70% das emissões são de operações upstream, como produção e processamento de materiais. Enquanto a CFW está trabalhando para reduzir suas próprias emissões e planeja voltar a ser um evento físico, sua maior influência será na redução dos impactos negativos dentro da indústria em geral.
“A CFW pode desempenhar um papel vital na definição de uma agenda global”, “seu plano de ação estimula as marcas participantes a se tornarem mais sustentáveis em um período de tempo relativamente curto” afirmam Rikke Baumgarten e Helle Hestehave, fundadores da Baum und Pferdgarten.
O plano de ação da CFW 2023 inclui 17 requisitos mínimos que as marcas terão que cumprir para acelerar a transição sustentável- como não destruir roupas não vendidas, ter pelo menos 50 por cento de têxteis certificados, orgânicos, reciclados ou reutilizados em todas as coleções e usar apenas embalagens sustentáveis.
As diretrizes agora também afirmam que as marcas devem oferecer oportunidades iguais e operar um ambiente de trabalho seguro, saudável e respeitoso para todos os funcionários, livre de assédio e discriminação. “Queríamos desenvolver diretrizes de trabalho que considerassem todos os aspectos da cadeia de valor empresarial”, diz Thorsmark. “Você poderia conseguir uma pontuação alta, mas deixar de considerar uma área, como as condições de trabalho – foi isso que nos motivou a adicionar padrões mínimos”. “No nosso mundo, é preciso olhar holisticamente para a sustentabilidade. Não acho que você possa se denominar uma marca sustentável se não estiver trabalhando ativamente toda a sua cadeia de valor”. Por enquanto, Copenhague é uma exceção no calendário mensal da moda com um padrão mínimo de sustentabilidade das marcas participantes. Mas, o CEO da CFW espera que outras plataformas utilizem as diretrizes de trabalho.
“Se queremos mesmo ter um impacto global na indústria da moda, então não pode ser apenas o CFW”, disse Thorsmark. “A indústria está definitivamente receptiva a mudanças agora”, “a maioria das marcas já embarcou nas suas jornadas sustentáveis”, “precisamos que outras semanas de moda e outras grandes plataformas de moda continuem com isso também”.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/03/d-2.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-03-02 11:18:062024-06-01 14:46:56Copenhagen Fashion Week e o plano de sustentabilidade
O projeto Dotz está vinculado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, como um ecossistema de negócios alternativos, passando por 4 pilares: colaboração, cooperação, sustentabilidade e gestão econômica.
A marca trabalha com algodão agroecológico produzido em colaboração com pequenos agricultores familiares da Paraíba, materiais upcycling e tecidos veganos, promovendo uma produção responsável e consumo consciente.
A dotz está envolvida em todo o processo produtivo do tecido, desde a colheita do algodão, descaroçamento (separação da semente e a fibra do algodão), fiação, tecelagem e, por fim, a produção do sapato. E cada um dos processos de produção é feito com diferentes parcerias, viabilizando a cadeia.
O objetivo do projeto é inspirar uma outra forma de fazer negócios. Um sistema alternativo que promova um equilíbrio entre qualidade, sustentabilidade e sociedade, estabelecendo novos padrões para boas práticas comerciais, que tenham um impacto positivo na sociedade e no meio ambiente.
Tudo começa com um método de produção artesanal inovador. Desde a origem dos materiais, até a forma como são confeccionados. O processo é baseado na convicção de que a colaboração propulsiona inovação, e que a sustentabilidade e a rentabilidade podem funcionar lado a lado.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/02/d-30.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-02-24 15:39:502024-06-01 14:42:37Dotz e o processo produtivo sustentável
A collab Cores do Oriente, Batiche + Caroline Kuchkarian, apresenta um mix and match de cores no xadrez, e traz como inspiração um xale de 3 mil anos atrás, de uma visita ao museu com réplicas de sinagogas antigas em Israel.
A estilista da marca de moda praia Batiche, Natalie Basiches, se encantou com o xadrez e as cores do xale e desenvolveu uma estampa para a parceria com a marca de beachwear, Caroline Kuchkarian.
A nova coleção promove biquínis produzidos com uma malha reciclada de garrafa pet com proteção solar UV 50+, e os tecidos das saídas são 100% algodão, trazendo cores alegres e mil possibilidades de combinações.
Osklen AG representa a confecção do tênis AG com ingredientes e processos sustentáveis em parceria com o Instituto-E, seguindo a missão de promover um desenvolvimento humano mais consciente.
O projeto promove a geração de renda e o empoderamento de grupos de ribeirinhos, indígenas e comunidades do Brasil, com a adoção de hábitos e ações alinhados aos princípios da sustentabilidade, para gerar impactos socioambientais cada vez mais positivos seguindo o conceito ASAP (O mais Sustentável Possível, O Mais Breve Possível).
Desde resíduos reaproveitados (pneus descartados, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de fio de algodão e lona resgatados de aterros) ao couro integralmente rastreável, a linha de tênis utiliza os e-fabrics, matérias-primas de origem sustentável desenvolvidas em parceria com o InstitutoE, (Cabedal em Eco Lona, confeccionado com fibras recicladas e algodão, utiliza menos água no processo, ajuda a preservar os lençóis freáticos e evita a emissão de CO2; Cabedal em couro bovino certificado, com garantia de rastreabilidade e práticas ambientais corretas, zero cromo), 70% do EVA verde produzido com cana-de-açúcar plantada e cultivada no Brasil, e o látex natural da Amazônia, que fortalece a economia da floresta em pé e o trabalho da Rede de Cantinas da Terra do Meio com a Origens Brasil® (uma rede que conecta empresas a cadeias produtivas sustentáveis), que protege mais de 8 milhões de hectares de terras indígenas e unidades de conservação ameaçadas pelo desmatamento e pela extração ilegal de madeira.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/02/d-18.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-02-16 22:36:452024-06-01 14:42:29Tênis Osklen AG, as melhores práticas sustentáveis
O Brasil é o 4º maior produtor e 2º maior exportador de algodão. Mais de 75% da produção nacional tem certificação socioambiental. O algodão produzido no Brasil pelos associados à Abrapa segue critérios como a proibição de mão de obra análoga à escrava, infantil ou condição degradante de trabalho, preserva biomas, respeita e conserva os recursos naturais e desenvolve a economia das regiões produtoras.
Foi assim que nasceu o movimento Sou de Algodão, na principal semana de moda do país, a SPFW, mostrando aos estilistas, jornalistas e formadores de opinião, que o algodão está presente na moda e é versátil para seguir com força nas coleções futuras.
Desde o início do movimento, em 2016, os números mostram o quanto a moda nacional valoriza o algodão, “além de termos toda a cadeia verticalizada, da produção de pluma à confecção, 237 marcas, dos mais diversos segmentos, aderiram ao movimento em 2020: do pequeno empreendedor à grande confecção, todas em prol da moda responsável e do consumo consciente”, Júlio Cezar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão.
Com a pandemia, a indústria têxtil e as marcas de moda sofreram efeitos imediatos, com uma grande queda nas vendas e sem perspectivas claras de futuro. O movimento desenvolveu campanhas como a #produzidonobrasil. A tag do movimento, fornecida a todas as marcas que queiram comunicar a parceria, trazia a mensagem de valorização da cadeia nacional. Usada em produtos com composição mínima de 70% de algodão, o Sou de Algodão distribuiu mais de 7,5 milhões de tags para muitas das mais de 350 marcas parceiras do movimento.
Hoje, são mais de 430 marcas parceiras. Algumas, associadas à Abest, como a Iorane, a Cecília Prado e a Martha Medeiros. Mas também, entre mais de 30 estilistas reconhecidos, João Pimenta, Reinaldo Lourenço, Isaac Silva, Das Haus (Rober Dognani e Felipe Fanaia), Fabiana Milazzo, Angela Brito e Amapô, além de marcas e confecções dos mais diversos segmentos, como MMartan e Artex, Grupo Kyly, Grupo Lunelli, Track&Field, Melissa (Grendene), Ginger, da atriz Marina Ruy Barbosa, e Lojas Renner. Além de marcas que alcançam o consumidor final, existem importantes e tradicionais fiações, tecelagens e malharias que fornecem as bases para as coleções de todas as marcas brasileiras, como Vicunha, Canatiba, Covolan, Cataguases, Menegotti, Dalila Têxtil, Renauxview, G.Vallone, entre outras.
Uma das principais ações deste ano é o 2º Desafio Sou de Algodão + Casa de Criadores, um concurso cultural, voltado a estudantes de graduação nos cursos de moda, design e áreas afins. “Desenhamos toda uma experiência que, além de premiar o estudante vencedor com uma vaga permanente no line up oficial da principal semana de moda autoral brasileira, leva informação e, por que não, formação a esses jovens que são o futuro da moda nacional”, Júlio Cezar Busato, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão. Entre as atividades obrigatórias para os inscritos, além da criação de uma coleção autoral com 6 looks completos, o movimento oferece uma série de vídeos com dicas de especialistas nos diversos temas, como algodão, sustentabilidade, moda, estilismo, produção de desfile, entre outros.
Outra ação prevista é uma ativação em ponto de vendas junto com marcas parceiras do movimento, chegar mais perto e dialogar com o consumidor, explicando o que significa levar para casa uma peça feita com essa fibra natural tão importante para a indústria, para as famílias e para a economia do país.
Também iniciam dois novos pilares: o de negócios, envolvendo marcas parceiras, e também de universidades, com o objetivo de estabelecer parcerias com as instituições de ensino em moda do país.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/02/d-17.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-02-16 22:31:562024-06-01 14:42:28O movimento Sou de Algodão
Mãe e filha, Karina e Ana Karolina Ferrari, procuram traduzir a arte no design das peças ANK, trazendo à tona a sensibilidade feminina na técnica da joalheria.
Karina forneceu a sabedoria de negócios para traçar a missão e os valores da marca, e a designer, Ana Karolina Ferrari, absorveu diferentes percepções culturais para visualizar o design exclusivo e atemporal das coleções ANK.
O engajamento moral da marca está alinhado ao desenvolvimento sustentável, escolhendo parceiros conscientes e joias feitas com ouro 18K reciclado. O ciclo de reciclagem acontece com a compra de joias antigas e a purificação do ouro para 24K, seguindo para a produção e confecção handcrafted de joias em ouro 18K reciclado, em todas as criações assinadas por mãe e filha.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/02/d-3.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-02-02 22:27:262024-06-01 14:35:54ANK e Ouro Reciclado
Sustentabilidade e consumo consciente são os propósitos atuais à medida que a indústria aprende mais sobre seu impacto no planeta. O Business of Fashion analisa as questões que provavelmente ocuparão os holofotes em 2021.
Os últimos 12 meses remodelaram radicalmente a indústria da moda, mas a sustentabilidade continua sendo um dos temas e desafios do setor.
Embora a pandemia seja uma crise contínua e imediata, as marcas estão dobrando os compromissos para reduzir as emissões no planeta, manter as roupas em um ciclo virtuoso de reciclagem e combater os abusos dos direitos humanos na cadeia de suprimentos em uma tentativa de mitigar o risco de que o próximo desastre aconteça à indústria.
“A indústria não é resiliente à crise e isso é preocupante”, diz Morten Lehmann, diretor de sustentabilidade da Global Fashion Agenda, um grupo de defesa da indústria. Mas há uma compreensão crescente de que a indústria precisa mudar se as marcas quiserem se alinhar com as metas climáticas globais e aumentar o interesse do consumidor por modelos socialmente responsáveis.
“Vemos uma polarização de marcas, em que alguns veem a sustentabilidade como uma forma de se tornar mais resiliente”, acrescentou Lehmann.
Certamente não faltam desafios para escolher, mas uma série de questões-chave estão entrando em foco este ano, conforme as marcas reagem às mudanças sociais, econômicas e tecnológicas dos últimos 12 meses.
Dimensionamento da Circularidade
As empresas têm falado sobre maneiras de minimizar o desperdício, manter as roupas em circulação por mais tempo e ampliar as tecnologias de reciclagem por anos, mas 2021 parece destinado a ser um momento crucial para o movimento da moda circular.
A pandemia serviu para destacar o enorme problema de superprodução da moda e aumentou a pressão dentro das marcas para encontrar formas econômicas de gerenciar o excesso de estoque. Isso impulsionou o crescimento do mercado de revenda, despertando o interesse de grifes de luxo, prevenindo marcas de segunda mão afetarem seu valor.
No ano passado, a Gucci fez parceria com a The RealReal e LVMH sinalizou em dezembro que está procurando maneiras de integrar a revenda em seus negócios.
Em outros lugares, marcas como Cos e Levi’s lançaram suas próprias ofertas de revenda, e as plataformas de segunda mão Poshmark e ThredUp estão se preparando para abrir o capital. Embora o mercado de roupas de segunda mão ainda seja relativamente pequeno, está crescendo rapidamente, com vendas esperadas para dobrar de $ 28 bilhões em 2019 para $ 64 bilhões em 2024, de acordo com estimativas da GlobalData citadas em um relatório de 2020 da ThredUp.
Esses números tornam-se atraentes para executivos que procuram maneiras de aumentar suas credenciais de sustentabilidade e seus resultados financeiros.
O potencial para modelos mais circulares deve ter um impulso adicional em 2021, conforme as tecnologias de reciclagem, que estiveram anos em desenvolvimento, finalmente começarem a crescer.
“O [próximo] ponto-chave será escalar as tecnologias agora, porque muitas delas acabaram de atingir a escala piloto”, disse Laura Balmond, gerente de programa da iniciativa Make Fashion Circular da Ellen MacArthur Foundation. Por exemplo, nos próximos 12 meses, um dos fornecedores do Grupo H&M está testando uma máquina que pode reciclar algodão e poliéster misturados em uma configuração de fábrica pela primeira vez, com a gigante da moda comprometida em apoiar a implementação mais ampla da tecnologia. Enquanto isso, a empresa de reciclagem têxtil Renewcell listou suas ações no mercado sueco em novembro, com planos de aumentar a capacidade de produção quase cinco vezes até 2026.
Para ter certeza, os volumes ainda permanecem fracionários dentro do contexto dos avanços têxteis globais e a construção do progresso no próximo ano exigirá um compromisso de longo prazo e ampla colaboração da indústria.
“A circularidade é uma ideia muito maior do que apenas uma tecnologia ou uma mudança no modelo de negócios”, disse Balmond. “É realmente olhar para todo o sistema dentro do qual as roupas são oferecidas e como são feitas.”
A próxima grande novidade: biodiversidade
As marcas de moda, com o objetivo de elevar o nível de sustentabilidade, estão cada vez mais olhando além de iniciativas que simplesmente reduzem os danos. Com isso, o foco aumentou em um dos pontos mais complexos da indústria: o efeito sobre a biodiversidade.
É um tópico relativamente emergente no setor da moda, refletindo uma consciência mais ampla e crescente do impacto devastador que as mudanças climáticas e as práticas agrícolas industriais tiveram no mundo. Por exemplo, um relatório recente do World Wildlife Fund descobriu que o tamanho das populações de animais diminuiu 68% desde 1970, como resultado de distúrbios ecológicos que afetaram cerca de três quartos das terras sem gelo do planeta. As práticas agrícolas ligadas às principais matérias-primas da moda são um grande contribuidor.
A questão deve ganhar mais atenção no próximo ano como um componente central do The Fashion Pact, uma coalizão de alto nível reunida pelo presidente-executivo da Kering, François-Henri Pinault, a pedido do presidente francês Emmanuel Macron em 2019. Como parte de um conjunto mais amplo de metas destinadas a lidar com os maiores riscos ambientais e pontos de pressão da moda, os signatários se comprometeram a desenvolver projetos de biodiversidade até o final do ano passado. Nos próximos meses, as empresas devem definir metas mais claras para desenvolver soluções com base em suas descobertas.
“Estamos tão desequilibrados com a natureza neste momento. E, portanto, não podemos esperar que ela se recupere por conta própria ”, disse Claire Bergkamp, chefe de operações da Textile Exchange, uma organização sem fins lucrativos que visa melhorar o padrão ambiental da produção de matérias-primas. Por outro lado, compreender e abordar a biodiversidade pode ser fundamental para enfrentar a crise climática.
“A forma como gerenciamos nossos processos agrícolas vai ditar se podemos ou não atingir a meta de redução de 45% das emissões de gases de efeito estufa até 2030”, disse Bergkamp, referindo-se às metas globais de reduzir as emissões a um nível que evite alterações climáticas catastróficas.
Justiça social O clima dominou o discurso da moda sobre a sustentabilidade nos últimos anos, mas o desdobramento cultural e a devastação econômica causada pela pandemia mudaram o foco de volta para os desafios sociais de longa data.
De Leicester a Dhaka a Xinjiang, relatos de violações dos direitos trabalhistas na indústria têxtil e de vestuário chamaram a atenção de consumidores, investidores e legisladores. Os relatórios não serviram simplesmente como alimento para escândalos de relações públicas, eles também aumentaram o escrutínio regulatório, atingiram os preços das ações e fizeram os investidores correrem.
A crise aumentou o perfil das chamadas ativistas de direitos humanos e defensores do trabalho para resolver problemas de longa data na cadeia de suprimentos da moda, exigindo mudanças mais sistêmicas para garantir que os trabalhadores recebam salários dignos e condições de trabalho decentes.
Mas a pressão para mudar não vem apenas de grupos de direitos trabalhistas. Alegações de abusos generalizados de direitos humanos na região autônoma de Xinjiang na China, onde um quinto do algodão mundial é produzido, deixaram a indústria exposta a intenso escrutínio regulatório em ambos os lados do Atlântico. Os Estados Unidos disseram que impedirão a entrada de todos os produtos de algodão e tomates importados da região.
É um desafio para a indústria da moda, que tem pouca visibilidade da origem das matérias-primas em sua cadeia de suprimentos, mas está aumentando a pressão para que as marcas otimizem o sistema.
“Para uma grande porcentagem da indústria, a falta de rastreabilidade e a falta de parcerias de longo prazo com os fabricantes, e a vulnerabilidade de muitos países manufatureiros com suas estruturas institucionais fracas, realmente veio à frente para 2021, ” disse Lehmann da GFA.
O próximo ano traz novos desafios que ameaçam o negócio fundamental da moda, mas também apresenta uma oportunidade para melhorar práticas que não avançaram significativamente durante anos.
“Não podemos voltar aos negócios normalmente”, disse Amina Razvi, diretora executiva da Sustainable Apparel Coalition. “Esse seria o pior resultado.”
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2021/01/d-113.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2021-01-25 13:50:342024-06-01 14:33:12Sustentabilidade: o que as marcas estão priorizando em 2021, segundo o Business of Fashion
A marca Lily Franco, comandada pela estilista Paula Abud Le Moult, foi selecionada para integrar o projeto NOVOS DESIGNERS Shop2gether, cuja seleção traz marcas sustentáveis com curadoria de Ana Isabel de Carvalho Pinto, co-founder do e-commerce, mentoria de Costanza Pascolato e o olhar afiado de Silvia Braz, a nova embaixadora do projeto.
Paula lançou-se no exterior celebrando a leveza e a liberdade em peças amplas de seda, com estampas inusitadas e coloridas. Aliando conceitos de sustentabilidade, que traz o uso de fibras biodegradáveis e upcycling, a uma imagem feminina e empoderada, a marca consegue trazer propósito e bom humor a um closet de resort atemporal.
https://abest.com.br/wp-content/uploads/2020/12/foto_6xp9z2310_lily_franco1.jpg7001000abehttps://abest.com.br/wp-content/uploads/2024/06/abest-logo-300x227.pngabe2020-10-21 17:21:472024-06-01 13:30:30Lily Franco participa de projeto NOVOS DESIGNERS Shop2gether
A Osklen lança o OSKLEN AG, o tênis mais sustentável da marca, resultado da combinação das melhores práticas socioambientais da marca em 20 anos. “Não é de hoje que uma relação mais consciente com o planeta nos inspira na pesquisa e criação de produtos que possam ser uma opção mais sustentável para os nossos clientes. Há mais de 20 anos temos nos dedicado, de forma pioneira, ao propósito da sustentabilidade, incorporando nosso estilo e design a produtos éticos que inspirem cada vez mais pessoas a adotarem uma vida mais equilibrada e consciente”, Oskar Metsavaht, fundador e diretor criativo da OSKLEN.
O OSKLEN AG estimula a cadeia de novos materiais sustentáveis, com garantia de origem, transparência, rastreabilidade e geração de renda para comunidades ribeirinhas e indígenas.
OSKLEN AG é um marco na categoria de tênis ao empregar na sua confecção um elaborado e rico mix de ingredientes sustentáveis em um único projeto. Desenvolvido para criar o menor impacto ambiental possível, promove a economia da floresta em pé, a geração de renda e o empoderamento de grupos de ribeirinhos, indígenas e comunidades do Brasil.
Desde resíduos reaproveitados ao couro integralmente rastreável, a linha de tênis utiliza os e-fabrics, matérias-primas de origem sustentável desenvolvidas em parceria com o Instituto E, além do látex natural da Amazônia. A fabricação de cada par de tênis reutiliza pneus descartados, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de fio de algodão e lona. As matérias-prima utilizadas são: eco lona confeccionada a partir de fibras recicladas e algodão; couro bovino certificado com garantia de rastreabilidade, zero cromo; solado Osklen AG, uma combinação contendo látex natural da Amazônia e resíduos reaproveitados (borracha reciclada, pó de pneus descartados, cortiça e palha de arroz); e palmilha em EVA verde produzida com 70% de cana-de-açúcar.
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Fórum internacional de moda e sustentabilidade que reuniu nomes de peso do segmento no ano passado, o Rio Ethical Fashion (REF) está de volta, agora em formato digital. Orsola de Castro, fundadora do movimento Fashion Revolution; Livia Firth, ativista ambiental e fundadora da Eco-Age; Clare Press, jornalista e autora; Andrea Rosso da Diesel e Simone Cipriani, porta-voz das Nações Unidas e criador do Ethical Fashion Initiative estão no time de especialistas internacionais que comandarão as palestras sobre o movimento de transformação do mundo através da moda. O primeiro lote de ingressos, que dão acesso à programação completa, totalmente on-line e exclusiva, já está à venda no site do REF ( www.rioethicalfashion.com ). O ingresso dará acesso aos debates inéditos on demand e legendas automáticas.
No dia 23 de outubro às 18h, será o lançamento do REF 2020 em um painel aberto e gratuito “MODA E CLIMA _ PORQUE NÃO EXISTE PLANETA B”, com os convidados Sergio Leitão, do Instituto Escolhas; Oskar Metsavaht, criador da Osklen; François-Ghislain Morrilion, cofundador da VERT; Taíse Beduschi, Gerente de Sustentabilidade da Malwee e Lara Iwanicki, da Oceana , mediado por Andréia Coutinho, especialista em justiça climática no Instituto Alana. Transmissão ao vivo no nosso canal do Youtube. Esta é uma colaboração com Lab Moda Sustentável e a Conferência Brasileira de Mudança do Clima.
“Nomes reconhecidos internacionalmente na indústria estarão reunidos para debater, criar parcerias e difundir os valores da sustentabilidade na moda e suas vertentes culturais e socioeconômicas no Brasil e no mundo. Queremos colocar o Brasil na rota da discussão internacional, trazendo o olhar de fora para nossas potencialidades criativas e criando novas oportunidades para a nossa indústria”, diz Yamê Reis, da Moda Verde, que assina a idealização e a realização do REF.
O Rio Ethical Fashion tem como missão promover reflexões sobre um modelo de superprodução e consumo esgotado, e as principais mudanças no setor da moda, colocando o planeta e as pessoas em primeiro lugar. “O formato on-line deu alcance maior ao evento, com a possibilidade de atrair público e um maior número de palestrantes que talvez não tivessem como se deslocar caso os encontros fossem presenciais”, afirma Lilly Clark, coordenadora geral do fórum.
A plataforma do fórum terá 19 debates, sendo 30 palestrantes internacionais e 20 nacionais em painéis inéditos, fashion films e webinars temáticas transmitidas durante o mês de novembro. A compra do ingresso dará acesso, por meio de um link individual e personalizado, a todo o material dos encontros, com legendas automáticas traduzidas para todos os idiomas.
O Fashion Revolution encerra a programação do REF com a terceira edição do Índice de Transparência da Moda Brasil, relatório desenvolvido pela organização, em transmissão ao vivo pelos canais do Youtube do REF e FR, que indica em que medida grandes marcas da indústria estão divulgando publicamente suas informações em prol de uma maior prestação de contas. A atividade será guiada por Eloisa Artuso, diretora educacional do Fashion Revolution. O Rio Ethical Fashion tem apoio do Consulado Geral dos Países Baixose do Instituto E, e apoio acadêmico do Istituto Europeo di Design (IED).
REF – Rio Ethical Fashion De 30 de outubro a 30 de novembro www.rioethicalfashion.com Informações e ingressos à venda pelo site
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